Lápides pioneira

os epitáfios, as lajes e o mármore como elementos constitutivos e sociais no Cemitério Campo da Esperança, em Brasília

Autores

  • Sócrates Alves Bastos Universidade Federal de Goiás

DOI:

https://doi.org/10.32459/revistalumen.v7i13.223

Palavras-chave:

Cemitério, Epitáfios, Brasília, Migração, Fundadores

Resumo

O Cemitério Campo da Esperança, a principal necrópole de Brasília, guarda em si especificidades que fazem dele um caso sui-generis dentro dos cemitérios do país. Fundado junto com a Capital tem formato espiralado, lápides muito baixas e foi concebido originalmente como cemitério jardim. O cemitério alberga dentro de sua área dois subcemitérios autônomos, um israelita e o outro islâmico, e áreas de sepultamento exclusivas para pioneiros e autoridades. É a partir dessa estratificação geoespacial e, por conseguinte, social que se desdobra o estudo de caso de seis lápides escolhidas e suas inscrições epigráficas e epitáfios, em sepulturas analisadas entre a Praça das Autoridades e a Quadra dos Pioneiros. A partir dos epitáfios analisados se pode observar uma narrativa, quase hegemônica, do imaginário do pioneiro, do desbravador dos sertões do Brasil Central, além dos silêncios, das plegárias por indulgências no porvir post-mortem. Este artigo é o ensaio de uma pesquisa sobre epitáfios, memória e narrativas migratórias para sertões dos antigos limites do Estado de Goiás nas primeiras décadas da Capital Federal.

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Biografia do Autor

Sócrates Alves Bastos, Universidade Federal de Goiás

Graduado em Comunicação Social, é jornalista profissional e mestrando em História pela Universidade Federal de Goiás, onde é orientado pela Prof. Dra. Maria Elizia Borges. Academicamente, dedica-se aos estudos cemiteriais e dos ritos fúnebres. Bastos é filiado à Associação Brasileira de Estudos Cemiteriais (ABEC).

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Publicado

2023-05-08

Edição

Seção

Artigos Livres